Previ: a medida da incerteza

Como medir a incerteza? É isso o que o gerenciamento de riscos faz. Quando se trata de finanças, o risco é uma medida da incerteza associada aos retornos esperados dos investimentos. Presente na rotina da gestão de qualquer investimento, os riscos podem e devem ser mensurados, avaliados, controlados, mitigados e reportados. Gerenciar riscos significa cuidar do patrimônio da Previ, com o objetivo de minimizar possíveis perdas nos ativos e cumprir a missão da Entidade.

Em meados de 2018, foi publicada uma nova resolução pelo Conselho Monetário Nacional, a CMN 4.661, que dispõe sobre os recursos garantidores dos planos administrados pelas entidades fechadas de previdência complementar e especifica que essas instituições designem um administrador ou um comitê responsável pela gestão de riscos. Na Previ, esse papel é desempenhado pela diretora de Planejamento, Paula Goto, desde agosto de 2018.

Pioneirismo
A gestão de riscos é uma atividade levada muito a sério na Previ. A Entidade criou a Gerência de Estratégias de Riscos em 1997, uma atitude pioneira no sistema de entidades fechadas de previdência complementar. Desde então, foram desenvolvidas metodologias de avaliação que permitem uma visão integrada de todos os riscos de cada um dos planos de benefícios da Previ, com o objetivo de mitigar qualquer descontinuidade que possa comprometer a sua missão: o pagamento de benefícios.

A Gestão Baseada em Riscos (GBR), iniciada em 2012, tem como princípio que garantir a perpetuidade da instituição depende de se antever os eventos adversos e se preparar para suas ocorrências. Com a GBR, a Previ tem um mecanismo mais eficiente e transparente, adequado às práticas realizadas nos fundos de pensão estrangeiros e alinhada ao que se espera que o órgão supervisor ? a Previc ? exija das entidades de previdência. Esse ciclo está interligado aos demais processos da Entidade, assim como às Políticas de Investimentos da Previ.

A Previ também tem uma Política de Gestão de Riscos Corporativos, um documento que formaliza as diretrizes básicas aplicadas ao tratamento do tema na Entidade. A última revisão do documento, realizada em 2017, visou, entre outras melhorias, sua adequação ao Código de Autorregulação em Governança de Investimentos da Abrapp e ampliou a relação de riscos corporativos acompanhados pela Previ.

Monitoramento constante
São utilizadas diversas ferramentas de monitoramentos de riscos, com métricas, medidas, procedimentos e instrumentos. A principal é a Matriz de Riscos Corporativos, que dá suporte a todo o ciclo de Gestão Baseada de Riscos. A matriz, atualizada semestralmente, é dividida em diversas etapas, que vão desde a identificação dos riscos até as atividades de informação e comunicação, passando por monitoramento e controle. Conheça os riscos monitorados atualmente pela Previ:
:: Risco

:: Descrição

:: Estratégia

:: Possibilidade de perdas decorrentes de mudanças adversas no ambiente de negócios ou de utilização de premissas inadequadas na tomada de decisão.

:: Mercado

:: Possibilidade de ocorrência perdas financeiras resultantes das oscilações nos índices, indicadores e preços de ativos financeiros e investimentos realizados pela Previ.

:: Solvência

:: Possibilidade de perdas financeiras e/ou de credibilidade devido à incapacidade dos planos de benefícios administrados pela Previ para cumprir seus compromissos com os recursos que constituem seu patrimônio.

:: Liquidez

:: Possibilidade de ocorrência de perdas financeiras resultantes da dificuldade da Previ de se desfazer de ativos dos planos para honrar seus compromissos.

:: Crédito

:: Possibilidade de ocorrência de perdas financeiras resultantes de inadimplência, ou seja, não recebimento de montantes financeiros devidos à Previ.

:: Contencioso judicial

::Possibilidade de ocorrência de perdas financeiras oriundas de decisões desfavoráveis em processos judiciais movidos contra a Previ.

:: Operacional

:: Possibilidade de perdas financeiras resultantes de falhas humanas ou de sistemas, deficiência de controles, inadequação dos processos internos ou fatores externos.

:: Atuarial

:: Incapacidade do plano de benefícios para saldar as obrigações assumidas com os participantes, em decorrência da adoção de premissas e hipóteses atuariais que não se confirmem ou que se revelem pouco aderentes.

:: Governança corporativa

:: Possibilidade de ocorrência de perdas financeiras ou de danos à imagem da Previ oriundos da ineficácia do modelo de governança corporativa da Entidade ou das empresas nas quais ela possui participação acionária.

:: Imagem

:: Possibilidade de perda de credibilidade em a Previ ter seu nome desgastado junto ao mercado, aos assistidos ou às autoridades, em razão de publicidade negativa, verdadeira ou não.

Responsabilidade Socioambiental
Trata de práticas – ou falta delas – de Responsabilidade Socioambiental tanto da Previ quanto de suas empresas participadas, que podem causar perdas financeiras ou desgastes na imagem da Entidade.

Um Relatório Gerencial de Riscos Corporativos é encaminhado trimestralmente para a Diretoria Executiva e para os Conselhos Fiscal e Deliberativo, com o objetivo de demonstrar, de forma tempestiva e clara, quais são os principais riscos aos quais a Previ está exposta. O documento também fornece informações sobre o andamento das ações de mitigação para responder a esses riscos, de forma a não comprometer a estratégia de negócios.

Olhar à frente que protege
A garantia de perpetuidade da Previ depende da sua capacidade de antever os eventos adversos e se preparar para enfrentá-los. Uma instituição só consegue chegar aos 114 anos com um olhar à frente e ferramentas robustas, que a protegem em momentos difíceis. O desenvolvimento de metodologias de avaliação de riscos é mais um instrumento que viabiliza o cumprimento da missão da Entidade, de pagar benefícios a todos nós, associados, de forma eficiente, segura e sustentável.

Fonte: Previ/AssPreviSite