Despesa com convênio médico compromete orçamento da população

Segundo o SPC Brasil, quase 50% dos brasileiros riscam algo do orçamento para conseguir pagar a mensalidade do plano de saúde. E mesmo assim o número de beneficiários é cada vez menor, apenas 30% da população do país possui convênio médico. A pesquisa ainda aponta que a saída tem sido, além do SUS, o uso das clínicas médicas particulares.

Pagar um convênio médico está cada vez mais difícil. É o que mostra uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas). De acordo com o levantamento, o brasileiro paga em média R$ 440,00 na mensalidade do plano de saúde, ou seja, em uma família com 5 pessoas o gasto com esse tipo de serviço ultrapassa a faixa de R$ 2 mil. “O valor que se gasta com o plano de saúde pode ser usado para pagar outros custos essenciais de uma família, com um aluguel. A grande maioria dos brasileiros não conseguem assumir ambos os custos, por isso novos modelos de negócios em relação a saúde estão aparecendo, como as clínicas médicas populares”, conta o fundador da clínica médica popular, MedicMais, Tiago Alves.

O modelo de negócio ganhou espaço com a crise que se instalou no Brasil e tornou-se âncora para quem busca alternativas na hora de consultar um médico, principalmente para os idosos que possuem as taxas mais altas na mensalidade dos planos de saúde. Na MedicMais, por exemplo, a terceira idade já representa 60% dos clientes atendidos e costumam procurar por especialidades como ortopedista, oftalmologista e reumatologia. “Ter um convênio médico está entre as dificuldades que pessoas idosas enfrentam no Brasil. As mensalidades são altíssimas e, muitas vezes, chegam a comprometer toda a aposentadoria da pessoa. A fim de economizar, muita gente tem optando pelo uso dos serviços da MedicMais e acreditamos que este público será cada vez mais frequente”, revela Tiago.

De acordo com o SPC, a mensalidade média de um convênio médico para pessoas acima de 55 anos aumenta para R$ 650,00, mais do que o dobro da média apurada entre beneficiários de 18 a 34 anos, que pagam um valor aproximado de R$ 255,00. Na MedicMais, um idoso desembolsa em média R$ 350,00 entre consultas e exames que podem ser pagos em até 6 vezes, no cheque, cartão ou boleto.

Expansão 
A busca por alternativas aos planos de saúde tem impactado diretamente nos negócios da MedicMais, que já possui 70 unidades vendidas em todo o país. Só neste ano, a rede inaugurou três unidades no estado de São Paulo, região que mais perdeu beneficiários de convênio médico em 2017 (segundo dados da FenaSaúde, foram mais de 160 mil baixas, o equivalente a uma redução de 60%), e até dezembro irá totalizar 20 clínicas em funcionamento.

Há pouco mais de ano no mercado de franquias, a MedicMais apresenta números promissores: já são 18 unidades inauguradas e uma média de 60 mil atendimentos realizados. Até o final de 2018, a expectativa é atingir 120 unidades vendidas e um faturamento de R$30 milhões. “Nosso objetivo é descomplicar a saúde, tanto para médicos quanto para pacientes. Do ponto de vista do paciente, promovemos um atendimento digno e acessível. Quanto aos médicos, eles passam a contar com uma alternativa importante de trabalho, não precisando se submeter à burocracia dos planos de saúde e contando com apoio e estrutura na captação de clientes.”
A rede conta com médicos, técnicos de enfermagem e atendentes qualificados, e oferece um plano de carreira estruturado aos profissionais da área da saúde.

Fonte: Karina de Oliveira – Segs