A Polícia Federal (PF) apreendeu documentos e outras provas que serão
analisadas e, de acordo com os resultados, outras diligências podem ser feitas
como parte da Operação Positus, deflagrada para apurar fraudes na gestão de
recursos do Postalis, fundo de pensão dos Correio. O prejuízo estimado é de R$
180 milhões para os pensionistas que investiram no fundo. Os investimentos
geridos de forma fraudulenta chegam a R$ 370 milhões, conforme o que foi
apurado nas investigações.
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Segundo o chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvio
de Recursos Públicos da Polícia Federal em São Paulo, Milton Fornazari Júnior,
foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão: dois em São Paulo, três em
Brasília, um em Belém e um em João Pessoa.
A Justiça decretou a prisão preventiva do gestor dos fundos, que,
para a Polícia Federal, pode ser o mentor do esquema. Também estão sendo
investigados um ex-gestor do Postalis e cinco administradores da corretora que
fazia as operações.
“Não podemos divulgar o nome desse principal gestor até a conclusão da
operação, mas sabemos que ele estava vivendo nos Estados Unidos, obteve
cidadania italiana há pouco tempo, foi para a Europa e agora está foragido. Por
isso, seu nome foi incluído na lista vermelha da Interpo,l e qualquer movimento
que ele fizer será identificado e ele será preso”, disse Fornazari.
De acordo com Fornazari, uma corretora americana comprava os títulos do
mercado de capitais e os revendia por um valor maior para empresas com sede em
paraísos fiscais ligadas aos fraudadores. Em seguida, os títulos eram
adquiridos pelo Postalis com um aumento maior no valor do título. As fraudes
ocorreram entre 2006 e 2011. Os indícios de fraude foram apontados pelo órgão
que fiscaliza a Bolsa de Valores nos Estados Unidos, que percebeu uma
valorização de quase 60% nos papéis sem justificativa.
“O Postalis aportou recursos em de R$ 370 milhões e remeteu aos Estados
Unidos, para que lá fossem feitos investimentos em títulos da dívida pública
brasileira. Os gestores aplicaram em papéis do mercado de capitais
norte-americano. A corretora administrada pelos brasileiros comprava esses
papéis e vendia para empresas com sede em paraísos fiscais com valor maior e,
na sequência, o mesmo papel era vendido para o Postalis por valor ainda maior”,
explicou o coordenador da operação, o chefe da Delegacia de Repressão a Crimes
Financeiros e Desvio de Recursos Públicos em São Paulo, Alexandre Manoel
Gonçalves.
Segundo a PF, o objetivo da operação é encontrar provas da autoria e
materialidade da fraude, mas também buscar o ressarcimento dos pensionistas,
por meio do bloqueio de bens e mais provas da localização do dinheiro.
“Queremos rastrear o caminho do dinheiro desviado. Solicitamos e obtivemos o
sequestro de parte dos imóveis dos investigados visando a ressarcir as vítimas,
que terão problema com sua aposentadoria em razão do prejuízo que o fundo
sofreu”. O valor dos bens sequestrados ainda não foi totalizado.
Fonte: Agência
Brasil.
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